Mia Khalifa: ‘Achei que pudesse fazer do pornô o meu segredinho, mas o tiro saiu pela culatra'

Mia Khalifa pornô

“BBC – Você acha que sofre algum tipo de estresse pós-traumático após essa experiência?

Khalifa –Sim. Acho que acontece principalmente quando saio na rua, porque sinto como se as pessoas pudessem ver através da minha roupa e me sinto profundamente envergonhada. Tenho a sensação de que perdi direito a toda a minha privacidade. E perdi, porque estou a um clique de distância no Google.

BBC – Você não tem o direito de excluir as imagens, mesmo que sejam muito íntimas para você. Deve ser muito difícil.

Khalifa –É.

BBC – Esta história é a sua história. Mas, francamente, também deve ser a história de outros atores e atrizes pornôs.

Khalifa –Sinceramente, comecei a perceber isso recentemente. As pessoas começaram a falar comigo. Meu agente lê todos os e-mails e quando recebemos coisas assim, ele separa e os envia para mim.

Lendo as palavras de algumas dessas garotas que foram traficadas e forçadas a fazer pornografia, todas essas histórias de garotas cujas vidas foram arruinadas (...) me fazem sentir que foi bom começar a conversar e dar essa entrevista.

BBC – Há uma linha de pensamento que diz que, em muitos países, os jovens estão tão expostos à pornografia que isto está mudando a maneira como homens e mulheres se relacionam.

Khalifa – Claro que afeta relacionamentos. O vício em pornografia é muito frequente. As coisas que os homens vêem nos vídeos são esperadas das mulheres em suas vidas, e essa não é a realidade. Ninguém vai ser tão perfeito, ninguém fará esses atos em uma quarta-feira à noite.

BBC – Se você pudesse conversar com aquela garota de 21 anos, Mia Khalifa, andando pela rua na Flórida e parada pelo garoto que disse "Você é linda, podemos trabalhar juntos"... O que diria a ela?

Khalifa –É para isso que você carrega um spray de pimenta na bolsa. Use-o. Corra!”

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